A menina do andar amarelo do prédio Arco-íris na rua Esperança (3)
Olá a todos, regressámos a este conto que já lá vai na terceira parte. Hoje a Amarelinha teve uma grande ideia! Vamos ver o que ela andou a tramar, será que já arranjou a Internet?
No dia seguinte á arrumação da casa a fundo da Amarelinha ela conseguiu juntar alguns sacos com coisas para doar, mas não podia ir entregar á instituição da caridade porque era domingo. Mais um dia amanheceu na rua da Esperança, mas a Internet ainda não voltou. Entretanto a Amarelinha já não sabia o que fazer mais. Em dois dias limpou e arrumou a casa toda, viu todos os filmes que havia na TV para ver, ouviu rádio, fez exercício no parque, adiantou as leituras que tinha pendentes. Eu sei lá que mais posso fazer sem Internet.
Decidiu ir á biblioteca, precisava de livros novos para ler, já tinha lido todos os que tinha espalhados pela casa. Que chatice isto de não ter Internet.
Chegou á biblioteca e estava apinhada de gente, desculpe virou-se para a bibliotecária, onde posso encontrar os romances? Ah sim, ao fundo do corredor á direita.
Fui a correr direta a eles, eram tantos que não conseguia escolher qual levar para casa.
- Ufa! São imensos livros, como sei qual levar para casa? Já sei, vou tirando um por um e leio a contracapa e depois escolho.
Passado umas horas de ter folheado mil livros, a Amarelinha escolheu cinco para levar para casa e cada um maior do que o anterior.
Bem já agora que aqui estou poderia procurar material para as minhas aulas da próxima semana. Voltou á bibliotecária e perguntou onde podia encontrar os manuais, enciclopédias, livros diversos para tentar desenrascar pelo menos as aulas do dia seguinte...
A Amarelinha já não se lembrava do que era procurar informação numa enciclopédia e o quão divertido era folheá-la para encontrar sempre algo novo para aprender! Ah que palavra é esta? Não a conheço, vou ao Google! Ah, pois não tenho wi-fi :( Ah, mas está aqui um dicionário, vou ver.
Nesses minutos aprendeu mais cinco palavras novas enquanto folheava o dicionário.
Já era muito tarde, então a Amarelinha decidiu voltar para casa a pé para aproveitar o final de tarde.
Em casa, ela pensou de como seria divertido fazer algo diferente com os seus amigos. E que tal fazer uma festa!?
Ótima ideia! Mas não tinha como enviar um convite por Whatsapp.
Foi para o quarto pegou num papel, canetas, lápis de cor, autocolantes, tesoura e cola e fez uma carta para cada um dos seus vizinhos do prédio Arco-íris.
"Queridos vizinhos, venho convidar-vos para uma mega festa na minha casa ás 18h.
Apareçam na porta B do andar amarelo.
Beijinhos Amarelinha
PS: Tragam um prato para a partilha na festa."
Colocou cada um dos envelopes nas portas de cada vizinho e tocou-lhes á campainha!
Antes da festa teve de fazer uma lista num caderno perdido lá em casa para comprar o que faltava para a festa.
Faltava comida deliciosa, decoração para a sala e uns cds de música, visto que não podia aceder ao Spotify nem ao youtube para colocar música na festa!
Compras feitas e casa decorada, agora a Amarelinha foi arranjar-se para a festa. Toda bonita de vestidinho ás bolinhas amarelo. Ouve-se bater á porta, empoleira-se em bicos de pés para ver quem é pelo olho da Porta e só se vê um totó roxo.
Ah é a Violeta que tinha acabado de chegar com uns brownies de chocolate, atrás dela veio a laranjinha com uma garrafa de limonada fresquinha!
Truz truz truz, quem é?
É a azulinha que veio com umas batatas Pringles.
E agora, veio também a verdinha com mais música, o sr. Kiko com uma iguaria que parecia um cheesecake. E a restante vizinhaça não faltou á farra daquela festa que durou noite dentro até de madrugada! E sim, sem internet! Para quê juntar as pessoas para elas passarem a festa a mandar mensagens a quem não veio ou a fazer stories. É mais diverido dançar, cantar e fazer macacadas e jogar ás cartas!
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