A menina do andar amarelo do prédio Arco-íris na rua Esperança (capítulo 2)


Boa noite, hoje teremos a continuação da história da "menina do andar amarelo do prédio Arco-íris na rua da Esperança". Espero que gostem.
- O quê? Não pode ser! Como assim? Não há internet em todo o mundo?!
Acabaram de anunciar na televisão que a Internet tinha deixado de funcionar em todo o planeta. A amarelinha nem queria acreditar.... - Como é que agora vou falar com os meus amigos? Como é que agora vou ver a minha série favorita? Como poderei ouvir as minhas músicas favoritas no Spotify?
Como poderei criar as minhas aulas sem internet? Pior, como resolvo as minhas dúvidas sem a Wikipédia! E as stories do instagram?  Oh meu Deus e agora!!??
A amarelinha sentou-se no sofá, estava confusa. Olhou para o telemóvel e nada de wi-fi. Dados móveis também nada. Ouve bater á porta e foi ver, era só a Violeta veio logo quando viu as notícias. E agora que vamos fazer sem internet?
Já sei vamos dormir, sim agora podemos dormir na calma.
Cada uma se deitou na sua cama e tentou dormir, mas nenhuma delas conseguia... Faltava a música dos vídeos do Youtube, ou o audiolivro que ouviam para adormecer, ou aquela app do barulho da chuva. No entanto, lá fora continuava a chover... Acabaram por adormecer as duas calmamente...
No dia seguinte, a Amarelinha acordou tarde, pois não ligou o despertador. Decidiu ligar o wi-fi para ver o tempo e nada. Bem, teve de se levantar e abrir a cortina e finalmente a chuva tinha parado.
Fez o pequeno-almoço e notou um silêncio que a estava a incomodar, nada de notificações de redes sociais, nada de vídeos do youtube logo de manhã. Não encontrou uma receita para colocar no instagram de pequeno-almoço, por isso lá foi uma taça de cereais de chocolate.
Preparou-se e foi apanhar o autocarro para a escola, mas espera como sei a que horas vem o autocarro se não tenho maneira de aceder á app dos horários. Bolas, lá foi ela a correr rua fora e plantou-se na paragem do autocarro. Lá algumas pessoas esperavam impacientemente o autocarro, na paragem já não mostrava quantos minutos demorava ele a vir porque os sistemas de GPS estavam desativados devido a não haver wi-fi.
Com os auscultadores nos ouvidos foi tentando concentrar-se na música e esquecer a ausência da internet nessa viagem, as pessoas estavam revoltadas só conversavam sobre a saudade da Internet. Uma grande algazarra no autocarro, um bebé a chorar a plenos pulmões porque não podia jogar no telefone da mãe, pobrezinho... Um grupo de jovens tentava apanhar internet como podiam, pondo-se de cima dos bancos do autocarro, andando de um lado pro outro, mas nada deu resultado.
O motorista decidiu ligar a rádio a ver se conseguia entreter as pessoas enquanto tentava seguir a rota diária, mas sem GPS. Oh não cheguei tarde á escola, bem eu e toda a gente nessa manhã se atrasou para o emprego.
E agora como vou dar uma aula sem internet? Como poderei mostrar o vídeo que tinha preparado para hoje? E aquele jogo interativo que passei horas a criar? Bem, vai ser um desafio....
Sorte tinha tudo salvo no computador, acho que por hoje consigo dar a aula, mas na próxima semana já não sei. Estranho os alunos hoje estavam mais atentos, ou será que estavam aborrecidos porque não podiam estar nas redes sociais a mandar mensagens uns aos outros enquanto explicava os verbos no presente do conjuntivo.
Voltando para casa depois do almoço na escola. - Ah! E agora o que vou fazer?
Ah!, já sei vou limpar a casa e arrumar aquele escritório que andei a adiar há meses! Sim, agora já tenho tempo para isso. Revejo o meu telemóvel e zero notificações, experimento a Internet e ainda nada. Bolas!
(Não percam a continuação das 24h sem internet).

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