"I wish my fairyale" - Capítulo I (1)


Teodora sente que tem que partilhar a sua história com a sua amiga Luziana, mostra à luz o que vai de dor no seu coração...


 Numa noite, Luz ouve alguém a chorar no quarto da Teodora e levanta-se para ver o que é.


 Ao entrar no quarto, encontra Teodora sentada no sofá a chorar...


 Luz: Que se passa amiga?
 
Teodora: Não é nada, responde Teodora limpando as lágrimas. 
Luz: Desculpa, mas é alguma coisa. Conta-me!

 
Teodora: Existem muitas coisas que nunca contei a ninguém do meu passado. 
 Luz: Sabes que podes contar-me tudo...

  
Teodora: Sei amiga, devo então contar-te porque tu ajudaste-me muito e deixaste-me viver contigo nesta casa. Mereces que te conte a verdade.
Quando eu era pequena...






 

Vivia com o meu irmão Guilherme, a minha irmã Rute e os meus pais Leonor e Vasco.
Um dia a minha mãe ficou sem emprego e o meu pai nunca trabalhou e as dívidas que tinhamos eram algumas...
 
 Nesse mesmo dia a minha mãe recebe uma chamada telefónica da segurança social:
- Bom dia, queremos informá-la que iremos esta tarde buscar os seus filhos para irem para o orfanato, visto que a senhora e o seu marido não têm condições para cuidar dos meninos... 
Mãe: Sim, senhora. Obrigada e bom dia.

Leonor: Querido,vem cá uma irmã do convento buscar os nossos filhos esta tarde! :(

Ela diz que nós não podemos cuidar deles!
Vasco: O quê?! Os meus filhos não! Era o que me faltava!

Leonor: Eles têm razão e não podemos fazer nada. Já nos vão peonhar a casa por falta de pagamento, queres criá-los como?
Vasco: Sim, tens razão é o melhor para eles...
Mais tarde, um carro com uma fereira se aproxima da nossa casa.
Essa irmã era Maria da Estrela.
Ao chegar a nossa casa, a fereira depara-se com a minha mãe a chorar no sofá e o meu pai a fazer o almoço.


Pega em nós um a um para nos levar com ela para o orfanato, mesmo que o meu pai a tente impedir de me levar...

A minha mãe só chorava...
O meu pai sem querer deixou queimar o almoço, enquanto tentava impedir a fereira de nos levar com ela.

A minha mãe não entendia o que se passava, sentada num canto só chorava...

Um vizinho que viu o fumo da janela da cozinha chamou os bombeiros, mas já era tarde demais o meu pai morreu nesse triste dia...
Fugi passado dois anos do orfanato à procura de uma vida melhor que aquela prisão e prometi em voltar para ir buscar os meus irmãos.

Dormia no parque da cidade...
Para ganhar algum dinheiro cantava na rua.
Até que tu me encontras-te ao pé da escola da cidade.

E foi este o meu passado...
Não acredito no que me contas-te!
O teu passado foi bem difícil, ainda te admiro mais amiga!
Eu vou ajudar-te a seres uma cantora de sucesso e a procurares os teus irmãos e a tua mãe... Prometo-te!



Até ao próximo capítulo!

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