Eu, após a pandemia

 

Hoje quero partilhar com vocês as diferenças que aconteceram comigo, após a pandemia. Esta foto foi a primeira que tirei no fim de maio para poder sair à rua no novo normal.
Com a pandemia a minha vida mudou, tal como a de muitos portugueses e seres humanos de outras nações. Aproveitei o tempo confinada em casa para reflectir, pôr digamos em causa todos os aspectos da minha vida.
A vida mudou para todos, também para mim. Depois disto não tenho receio de mostrar quem sou de verdade, deitar abaixo o filtro que as pessoas me obrigaram a criar para parecer " neurotípica" . Descobri muito de mim, especialmente saber que sou diferente e que fico bem com isso. Gosto de ser diferente. 
Aprendi que quero viver mais experiências, viver aqueles sonhos que por mais simples que sejam como acampar estavam fechados numa gaveta à espera. A vida é demasiado curta para andar sempre a adiar. 
Aprendi que adoro aprender coisas novas, que durante a pandemia não parei e fiz cerca de 300 horas de formação, aprendi a trabalhar com novos programas, adquiri novos conhecimentos e aprendi idiomas.  Aproveito cada coisa mais simples da vida desde do sorriso,  a uma vista fantástica no alto da montanha. Cada coisa que nos acontece merece ser celebrada.
Tenho interesses limitados, que podem parecer estranhos, mas eu gosto muito de história, medicina, jogos de computador, sou muito criativa e detesto estar quieta. Não gosto de fingir, sou muito sincera e tenho valores e personalidade muito vincada. O meu cérebro funciona de forma diferente, mais rápido em algumas áreas. Tenho dificuldade em interagir socialmente, fazer amigos é difícil, não gosto de festas e confusão. Tudo isso foi descoberto na pandemia. O mais importante adoro rotina, se perco isso dou em doida (deu aso a alguns problemas em gerir a leucina).  Há assuntos e conversas que me aborrecem e consigo analisar as pessoas e detesto mentiras e falsidade. Sou muito prática e direta. Tenho dificuldade em explicar as coisas, contar histórias.  Detesto barulho, há tecidos e texturas e luzes que me confundem. Não sei o que é sacarmos, o que é olhar nos olhos e metáforas. Levo as coisas à letra, tenho um humor característico. Não tenho filtro nem entendo algumas regras e situações sociais. Como os alimentos por partes e não tudo junto como os outros. Depois disto tudo, adoro-me assim mesmo! 
Adoro a natureza, gosto de espaços abertos, animais e plantas que adoro. Detesto espaços fechados e confusos como centros comerciais, ficou mais vincado depois da pandemia. A música e a escrita são parte da minha vida, mudam o meu dia!
Gosto de ajudar as pessoas e seria isso o que queria fazer na minha vida aliado ao ensino que é o que gosto de fazer. Prefiro dar espanhol ou português como língua estrangeira. Estou mais à vontade, sou mais criativa e também mais divertido. 
O passado é lugar de lições e não de mágoas, o passado passou e aprendi com isso. Tenho poucos amigos de verdade, mas dou tudo por esses amigos de verdade. 
Há uma coisa maravilhosa é quando conheces alguém como tu pode mudar a tua vida e dar-te a sensação de compreensão plena. 
O toque é algo que aprendi na pandemia a importância do abraço que é muito importante porque passa a energia. É algo que dou muito valor agora. 
Sei o que quero, sei para onde vou e quero ir, já dizia Salazar. Agora sei o que pretendo para o meu futuro e que etapas tenho de fazer para lá chegar.

São algumas das diferenças da pós pandemia, aliado a uma força de vontade ainda maior! a A pandemia mudou a minha vida para melhor! E não sou esquisito, sou apenas eu mesma!


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